13 de julho de 2021

CRUCIFICATOR “Sunrise in the Suicide Front” (Hammer of Damnation Prods/2016)

A banda mais temida da BA surpreende a todos com esse tiro na cara e a queima roupa!! Esse review foi feito a base de muito licor no sangue e ódio no coração!!!

Devastador, brutal, agressivo e polêmico como a própria banda, esse lançamento entrou (sem vaselina) para os anais da história da música extrema baiana, quer você goste ou não. 

Aliás, o Crucificator fez (desde final dos anos 80 e os caras nem se gabam por isso), faz e pelo visto ainda fará (parece que tá vindo outro álbum ae) parte do “lado B” do cenário de Salvador/BA e bandas como essa tem mesmo que existir, pois representam também o antagonismo contra toda panela de certos metaleirXs hippies descontruidEs aqui da Bahia que se acham donos do cenário; ditando (sempre escondidos atrás de computador, diga-se de passagem) os rumos musicais e até “políticos ou ideológicos” (leia-se “esquerdalóide”) a serem seguidos no cenário, esquecendo que o que importa nessa porra toda é apenas a música e nada mais, afinal de contas, tô pouco me lixando se uma banda é de direita, esquerda, centro, se seus integrantes são brancos, pretos, índios e muito menos em quem eles votaram.

Eu mesmo quando em certo tempo da minha vida andei rodeado de adeptos de besterol antifa que quase deixei me influenciar, sempre me chamava atenção o fato da banda ser tão odiada nesses meios, mas como não sou desses que “emprenham até pelos ouvidos” comprei esse Debut CD anos mais tarde e o que importa é que estou satisfeito. 

Confesso que prefiro a sonoridade das demos de 1993 pra trás, embora as letras nessa época eram do tipo que não me chamam atenção (aquele “satanismo” bem clichê, coisa da época mesmo...), mas me parece que desde a sua demo de 2005 “No trono da guerra” a banda evoluiu bastante nas letras e também no som e como curto bastante War Metal, estilo que os caras passaram a adotar desde a demo de 2005, as letras me parecessem bem mais interessantes, com uma pegada muito mais séria e realista da selva de concreto que vivemos. 

São 10 hinos de puro ódio destilado, carnificina e sobrevivência extrema capazes de ti fazer lembrar de coisas como “Gods of War”, “Campo de Extermínio”, Goat Penis (nem digo o som, mas a temática), “At War” e “Burning the Promissed Land” (do Rebaellium, mesmo a Crucifa sendo muito mais velha que eles).

“Napalm Memories”, “Holocaust Visions”, “Matar Sempre” (essa talvez já tenha se tornado o “ás de espadas” da banda), “Chemical Damnation” e muitas outras que o álbum tem a oferecer; uma intensa carga de artilharia!! 

Garanto que esse álbum ti trará uma experiência diferente do “mais do mesmo” que se tornou o cenário baiano. A produção da Hammer of Damnation ficou na medida certa, sem frescura e direta ao ponto, fazendo jus a proposta da banda. 

Crucificator é (nesse álbum): Hategun Warcaller (guitarras), Malignum (vocals – ex Offertorium), Edem no baixo e ouvi dizer que na bateria teria até participação de Tiago Nogueira (ex-Scrupulouss / ex-Headhunter DC / ex Ungodly), mas não sei se isso confere e nem olhei ainda no encarte essa informação rsrsr, então fico devendo essa a vocês. 

Sem mais delongas, seja homem e compre esse álbum. (by N. Ripper – 2021)!

myspace.com/crucificator

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