Oriundos dos poços necromânticos de Recife/PE (terra do Augusto dos Anjos e de outras abominações em forma de música), essa banda já apareceu em 2017 com esse EP de forma independente, mas a recepção foi tão surpreende que logo surgiram versões em CD, cassete e em vinil, vale lembrar, pois 2 selos distintos; essa aqui, 300 cópias por esse selo sueco que desconhecia até então.
Isso sim eu posso chamar de um Power “fucking” Trio: Necrospinal (baixo/vocal), Nyarlathotep IV (guitarra) e C.Le Sorcier (bateria). Pense num entrosamento que essa banda tem.
Os vocais bastante ecoados e numa entonação macabra, a guitarra foi capaz de gerar riffs e solos insanos que ti fará com certeza querer repetir esse material todo vez que o escutar (ouve a faixa “Necromancers Rites” e tu saca o que quero dizer); a bateria seca, não é blast beats e está lá sempre tocada como os sinos do inferno!! “Malicious Conflagration”, o 1º song, mescla a brutalidade com a técnica num duelo entre bateria e guitarra que porra, nem sei mais explicar; esse som começa intenso e de repente, vem uma queda de bateria com um solo arrastadão.
“Rotten Wings of Creation” é outro som fodástico, ele dá impressão que foi feito pra você sacar mesmo as influencias da banda, é como se fosse uma mensagem tipo “isso somos nós”!! Ao ouvir lembrei de Malevolent Creation, Sepultura (Schizophrenia/Morbid Visions), Deicide (old), Sanctifier, Impurity, Mystifier(old), Grave Desecrator...
“In Slumber they succumb” eu destacaria os vocais com umas entoações e vociferações como se estivesse conjurando os antigos (e de fato conjura, musicalmente falando hehehe), mas sem soar um plágio de outras bandas que fazem algo parecido.
E a arte da capa? Caralho, achei uma pegada bem “Obituary”, parece até coisa do Dam Seagrave... O encarte também ficou foda.
Posso garantir que essa foi uma das bandas mais devastadoras que já apareceram no PE.
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