17 de julho de 2021

ESCARNIUM “Godless Shrine of Decay” (Cianeto Discos/2017)

Faz tempos que tento resenhar os trampos mais recentes dos novos “Reis do Death Metal Baiano”, embora esse material não seja o último lançado pela banda. Aliás faz muitos anos que resenhei algo do Escarnium (isso foi na quarta edição do meu finado zine, quando também entrevistei a banda)...

O que você verá aqui é uma compilação das fases mais marcantes dos caras, desde songs da demo “Covered in Decadence” (bruto, com Caio – RxCxE no vocal), passando pelos EPS “Rex Verminorum”, “Genocide Ritual” até seu insano álbum “Excruciating Existence” (também relançado pela Cianeto Discos) com todo Death Metal sujo bastante influenciado pelo DM sueco (Grave, Vomitory ...) que embora muitos digam que “dm sueco virou moda”, fico me perguntando quem é quem pra ficar julgando o que é moda ou não, afinal de contas, Escarnium é uma banda que até hoje segue esse caminho, sempre admirei a independência e força de vontade dos caras, (ok, as vezes com certos exagero$...) cujo frontman, o guitar & vocal Vitor Elian pavimentou outros caminhos no cenário baiano, mas agora radicado na Alemanha onde pasme, também movimenta bastante as coisas por lá (dá um saque no Incarceration, só pra ter uma idéia heheh). 

Nesse álbum você tem umas faixas fodasticas tipo “His Final March”, “Radioactive Doom”, “Dark Clouds Above Hells Fire”, “731” (quando entrevistei e resenhei a banda na edição 4 do finado Necrosis Zine lembro de ter botado uma matéria sobre algo relacionado ao filme Campo 731, baseado em fatos grotescos da realidade, daí sempre me perguntei se foi dali ou não que a banda resolveu escrever esse som), aliás as letras do Escarnium também são outro ponto forte dos caras. 

Por fim, a produção do material é aquela coisa bem simples e direta, feita pra quem tá interessado com o que importa, ou seja, o som; nada pra enfeitar o ego de colecionador exibicionista... 

Eu e muitos Metalheads baianos (e de outros locais) tivemos a chance de ver algumas vezes esses caras ao vivo e isso nunca será esquecido por qualquer Deathbanger que se preze.

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