Ad Baculum foi forjado no Inferno Soteropolitano pelo baixista/vocalista Lord Hades (ex-Mystifier, ex-Necrolust e ex-Corpus Christ) e atualmente conta com os demônios: Inquisitor (guitarras) e Poisonous (Caixão, Poisonous, ex-Impetuous Rage, ex-Inherit, ex-Mystifier, ex-The Cross, ex-Ungodly) na bateria.
O Ad Baculum possui em sua discografia 7 álbuns, sendo um live: "Blackness Doctrine" (2011), "Abstract Abysmal Domain" (2013), "Morbid End of Cannibalistic Cosmos" (2014), "Live in Brazilian Ritual Fourth Attack" (2016), "Opening the Abyss" (2016), "Summe Potens & Callidus" (2017), "The Birth of the Human Tragedy" (2019).
O maníaco N. Ripper (Necrosis Zine - R.I.P) conversou com Lord Hades, confiram a seguir:
Lord Hades: Um fudido "Hail and Kill" para todos os NecroManiacos do Metal, em todas as suas vertentes sonoras. Sim, o Alex Poisonous é um excelente músico e tem experiência até internacional em turnês.
Neste momento estamos compondo novos sons para em breve a banda gravar mais um álbum. Como o mesmo tem um mini estúdio em sua residência para ensaios, tudo estar fluindo muito bem.
TGZ – E já que estão com novo alinhamento, o que vocês estão conspirando? Algum lançamento previsto? Um split, uma demo, EP ou mesmo um novo álbum?
(Nota do Editor): Acho que ele esqueceu de responder essa...
Lord Hades: Não acho que o "Blackness Doctrine" seja o melhor álbum, muito pelo contrário, na verdade nem gosto. Isso é Natural porque as pessoas tem percepção musical e artísticas muito diferentes.
Eu acho que o melhor álbum foi "Summe Potens e Callidus" depois o "Opening the Abyss". Apenas a produção deixou a desejar em termo de mixagem final e instrumentos.
Quando a maioria dos fans indagavam o falecido Quorthon sobre o " The Return" ter sido o melhor álbum, o mesmo dizia que odiava e que havia gravado embriagado.
Nós seres humanos somos uma eterna contradição, mas isso é bom, porque sempre estamos atrás de novas descobertas.
TGZ – O “uso das palavras para agredir”! É mesmo esse o significado do termo Ad Baculum? Este nome combinou perfeitamente com vossa proposta, há todo um conjunto em Ad Baculum, não só musical, mas as letras e conceito em si. Criatividade é algo essencial para dar identidade a uma banda ou projeto, veja a Eternal Sacrifice, por exemplo ou o Headhunter DC, bandas que você sempre identificará por serem originais. Mas tenho a impressão que o cenário soteropolitano (e baiano em geral), que em minha opinião, depois do belo-hizontino, foi o mais devastador que já teve em nosso país, basta dizer novamente o que todo mundo (que se preze) já sabe: Necrolust, The Cross, Crucificator, Paradoxo do Sacro, Deformity BR, Sawer, Chemical Death, Blackness, Inoculation, Martyrdom, Sickly Simphony, Malefactor (old), Mystifier (R.I.P), Slavery, Mortius, Incrust, Morbid Perversion, Inside Hatred, Bennemerinen, Poisonouss, Rottenbroth, Infamous, Krânio Metálico, Thrash Massacre, Putrido Semen, Impetuous Rage, Devouring, Escarnium, Leprovore... Entre algumas outras.

Lord Hades: O significado do termo neolatino "Ad Baculum" significa o argumento da falácia, ao qual a pessoa é persuadida em acreditar em algo mediante medo psicológico, ou seja, algo que as religiões fazem muito bem, através de dogmas pré-estabelecidos.
Cara, esse álbum "Blackness Doctrine" no geral nem gosto, como citei acima. Acho esse álbum sem maturidade. É brutal sim, mas nada mais.
As letras dos demais eu mergulhei a fundo em temas como Entropia e a brevidade insignificância da vida humana. Pra mim a melhor época da cena Metal foi na década de oitenta e até meados da década de noventa. Depois dessa temporada, muitos que edificaram a primeira fase, envelheceram ou tiveram que se ocuparem mais com suas vidas pessoais e profissionais, já que muitos já estavam com 40 anos ou mais.
Não julgo a nova geração pela decadência da qualidade musical das novas bandas. Mais isso aí no o futuro dirá seu veredicto final.
Lord Hades: O álbum "Opening the Abyss" foi um divisor do velho Ad Baculum para uma banda em suas composições, com muito mais amadurecimento filosófico nas letras.
Focamos também em um som mais cadenciado, porque sentimos que a moda de tocar na velocidade da luz perdeu todo o "feeling" e emotividade nas execuções.
Não gosto do tecnodeath metal porque esse estilo musical não me passa aquele percepção sonora de ouvir os instrumentos como era no passado, atualmente se abusa muito de riffs teatrais e mirabolantes.
Essa galerinha lacradora não sabe o que é dar um murro na cara de Carecas e Punks. Ou estar preso em um presídio de viatura por ser flagrado pinxando muros com frases anti-sociais e anti-religiosas.
Eu abro muito pouco o meu perfil do Facebook, não tenho paciência pra tanto mi mi mi e superficialidades. O Selo H O D é muito competente e o relacionamento da banda foi apenas profissional.
Lord Hades: Socialismo está infectando o Metal. Metal é e sempre será apartidário. Não gostou que se foda, venda seus materiais de Metal e vá ser de qualquer movimento altruista. Eu tô cagando pra essa agenda de esquerda. A pior coisa seria ser governado por uma meia dúzia de burocratas.
Os países do leste europeu sofreram com esse tipo de ideologia quase 50 anos. Apenas uma reflexão: Será que a banda Accept teria alguma chance se fossem da Alemanha Oriental? Acho que não, com certeza seriam presos e torturados pela polícia Marxista (NE: deturparam Marx kkkkk) da Cortina de Ferro.
Essa banda brasileira que no passado era totalmente anti-sistema, agora sobe ao palco com bandeiras políticas de extrema esquerda. Muita contradição, ao qual sabemos que são esquerdistas tipo caviar. Querem fazer revolução de verdade? Me chamem quando for nos moldes do Khmer Vermelho do Camboja. Aí sim vamos começar a conversar.
Nunca...Nunca haverá justiça social no Brasil, através dessa democracia de brinquedo burguesa. Nunca na história da humanidade se fez engenharia social sem derramamento de sangue. Vejam o exemplo da revolução francesa (NE: Eu acho massa a revolução francesa, mas o fim de fato foi trágico... “Under the Guilhotine” heheh).
Sobre a Cena Norueguesa acho que morreu quando Euronymous foi assassinado por pura inveja de seu patético "amigo".
Lord Hades: Sem dúvidas, minha escola e inspiração das letras sempre será das bandas da década de oitenta. Antigamente a intenção é vomitar na cara da sociedade hipócrita o lixo civilizatório ao qual estamos atolados.
Gosto de temas agnósticos, niilistas e filosóficos. Mais também curto letra metendo o pau no cú desses vermes políticos, mas de forma apartidária. Quero que todos os partidos políticos, que na verdade são quadrilhas organizadas se fodam.
"Decadent Civilization" entoa esse pensamento, ao qual sempre uma elite que estiver no poder vai fazer o povo de escravo e gado. Anarco Capitalismo é a solução!
TGZ – Acreditas que haverá alguma possibilidade da banda se apresentar ao vivo ainda? Depois de toda essa porra de pandemia e vírus “made in China”... (se os EUA não tivessem jogado as bombas atômicas nos japanazis, esse vírus não existiria hehehe). Sei que vocês tocaram em SP em uma estrutura foda que a Brazilian Ritual ofereceu, e se não me engano o fodastico Bellicum Bestiallis (Hail Beliffer) também tocou nesse evento; mas existe alguma banda que vocês gostariam de tocar ao vivo ?
Lord Hades: Alguma banda que gostaríamos de tocar ao vivo? Cara eu independente de ser " músico" eu também sou fã de muitas bandas fodas ao redor do mundo. O Metal pra mim não tem fronteiras nem divisão étnica. Mais seria mais gratificante tocar em um grande festival ao qual se houvesse bandas em que quando eu era adolescente, os caras já estavam no palco suando batendo cabeça. Sim, a estrutura do Brazilian Ritual foi foda, Eduardo Beherith encara o Underground com seriedade.
Outro festival também foda foi o do Alysson (Cerimonia) em Aracajú, ao qual houve a participação da banda oriental chamada Deiphago. A estrutura e qualidade sonora foi até melhor do que a do evento citado acima. Apesar de ter sido um evento fechado com esquema de pré-venda, deu um grande público.
TGZ – Qual sua opinião sobre:
"Abstract Abyssmal Domain":
Lord Hades: álbum experimental.
"Wicca & Goettia" (álbuns):
Lord Hades: marcou época. Mostrou a alguns sulistas pau no cú que negros nordestinos também tem competência em tocar e produzir som pesado. Hail Jimmy Hendrix!!
Niilismo:
Lord Hades: leia-se Entropia, ao qual tudo caminha para a desordem e aniquilação. Na natureza nada se cria, tudo se transforma. Energia e matéria são as mesmas coisas, apenas em estado alterado.
Cogumelo Records:
Lord Hades: importante para a Cena de BH na década de oitenta.
Armas e cultura marcial:
Lord Hades: tenho algumas armas de fogo por força da profissão. Defendo o livre acesso a armas de fogo. Não é meia dúzia de políticos imbecis que vão tirar do cidadão o direito a legitima defesa.
Guerra Mundial:
Lord Hades: não serão necessárias bombas atômicas para a aniquilação do mundo. O ser humano se proliferando a essa velocidade, os recursos ambientais irão entrar em colapso. O ser humano já é uma arma de destruição em massa... O planeta Terra já está condenado; a solução é migrar e terraformar outros planetas.
TGZ – Foi uma honra bestial compartilhar um pouco da vossa mente sórdida. Espero vê-lo novamente qualquer dia desses, nesse ou no outro mundo (se é que há algum, pois o inferno é aqui!!) hahahaharrggg!!!
Lord Hades: See you in Hell...
2 comentários:
muuito boa a entrevista hail Ad Baculum!!
muito boa a entrevista, hail Ad Baculun!!
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