Após
anos, o Open the Road Fest voltou a São Paulo no dia 10/11/2022 para sua oitava
edição no Carioca Club. Dessa vez contando com Vazio (BR), Flageladör (BR),
Omen (EUA) e Mayhem (NO), o festival conseguiu atrair públicos de diferentes
vertentes do metal.
Com as portas abertas às 19:00 de uma quinta-feira, o público foi chegando aos poucos para presenciar consagradas bandas da cena nacional e internacional.
Previsto para às 19:30, Vazio subiu ao palco às 19:40 e iniciou um show de peso com “Elementais da Materia Escura”. Ao longo de um setlist que principalmente apresentou seu excelente álbum “Eterno Aeon Obscuro” (2020), Eric Nefus (guitarra), Nilson Slaughter (baixo) e Daniel Vecchi (bateria) demonstraram uma coordenação perfeita e cheia de técnica para acompanhar os vocais ritualísticos de Renato Gimenez (vocal e guitarra), que com certeza surpreendeu aqueles que ainda não conheciam o trabalho da banda...
Com uma apresentação de tirar o fôlego, Vazio
conseguiu mostrar para o público o motivo de ser uma das bandas brasileiras que
mais vêm crescendo na cena de Black Metal.
Com a casa cada vez mais cheia, foi a hora de Flageladör subir ao palco. A banda carioca, responsável por substituir Satan, esbanjou de seu Speed/Thrash Metal para entregar ao público um espetáculo que não deixou a desejar para nenhuma banda gringa. Adorados por muitos presentes, músicas como “A Noite do Ceifador” e “Assalto da Motosserra” levantou o público com o metal rápido e cru vindo do trio formado Armando Executor (vocal e guitarra), Alan Magno (baixo) e Vinicius Talamonte (bateria).
Entre uma banda e outra, ouvi diversas pessoas comentando que só foram neste evento por conta de Omen, visivelmente ansiosos para a próxima atração…
Pontualmente às 21:30, esta clássica banda pioneira de Power Metal subiu ao palco para a alegria de quem estava ansioso para presenciar o fundador Kenny Powel (guitarra) tocar os clássicos da banda.
Aqueles presentes puderam testemunhar vários hinos, como “Teeth of the Hydra” e “Dragon’s Breath”. Nikos Migus A. (vocal), Roger Sisson (baixo) e Reece Stanley (bateria) acompanharam o fundador e com certeza deixaram os fãs satisfeitos com suas performances impecáveis.
De forma surpreendente, ao término do show, Kenny Powel se jogou no meio da plateia, fazendo com que a noite ficasse ainda mais inesquecível para os fãs ali presentes.
E a hora do headliner do festival estava chegando para os fãs ansiosos. Bem, vocês vão notar que por esta resenha, claramente era a banda que eu estava mais ansiosa para finalmente ver ao vivo (risos),
Após sua última passagem pelo Brasil em 2018, o Mayhem finalmente voltou às nossas terras após os anos de pandemia.
Com as luzes apagadas, a infame banda subiu ao palco com 25 minutos de atraso, às 22:55. A plateia estava alvoroçada, com gritos principalmente direcionados a Necrobutcher (baixo), um dos fundadores da banda.
Com Attila (vocal) subindo ao palco com seu manto negro e empunhando um crucifíxo feito de ossos, a banda iniciou seu setlist com a marcante “Falsified and Hated” do seu último álbum “Daemon” (2019), que demonstra que ainda consegue lançar ótimas músicas que funcionam ainda melhor ao vivo.
Com um clima digno de um show de Black Metal devido a baixa luminosidade,“To Daimonion” do álbum “A grand Declaration of War” (2000) foi tocada a seguir.
Entre as músicas, era possível ouvir alguns gritos da plateia pedindo para que aumentassem o volume do vocal, pois realmente a banda estava abafando a voz dele. Detalhe que, infelizmente, não foi resolvido durante o show, mas isso não conseguiu estragar a energia da banda com o público.
Em sequência, Teloch e Ghul (guitarras) iniciaram a introdução atmosférica de “Malum”, emendando em sequência “My Blood”, ambas do último álbum lançado. A aprovação do público presente com estas novas músicas era evidente, pois os moshs não davam trégua.
Attila então aparece no palco segurando uma forca. Era seu prenúncio para a música “My Death” (2004). Sua presença de palco nos fazia lembrar da própria Morte enquanto balançava a corda da forca.
O “primeiro ato” do show, que reviveu alguns pontos da história da banda e focando em seus últimos lançamentos, foi encerrado por duas músicas: “Symbols of Bloodswords” (1997) e “Voces Ab Alta” (2021). A banda então saiu brevemente do palco para o início do “segundo ato”...
Talvez o momento mais esperado da noite por muitos presentes, os integrantes voltaram ao palco com mantos negros e a iluminação roxa/azulada já deixava claro que aquele momento era dedicado ao clássico álbum “De Mysteriis Dom Sathanas” (1994).
Teloch começou as icônicas notas de introdução de “Freezing Moon”, clássico absoluto da banda. O público foi à loucura, cantando em uníssono a letra da música.
Sem tempo para descanso, “Pagan Fears” e “Life Eternal” deram continuidade ao tributo ao álbum de 94, sendo este ato terminado por "Buried by Time and Dust", com destaque a bateria avassaladora de Hellhammer. Após esta música, a banda novamente saiu do palco…
Agora o ambiente contava com uma iluminação avermelhada, deixando claro que o "ato final" seria dedicado aos primeiros anos da banda, principalmente ao EP "Deathcrush" de 1987. Ao som de "Silvester Anfang", a banda logo subiu ao palco, novamente com um novo visual.
Os riffs iniciais da música "Deathcrush" levantou mais uma vez o público. Com Attila segurando um crânio e o crucifixo de ossos enquanto cantava, adicionando a iluminação vermelha, o clima "gore" do EP ficou ainda mais evidente e envolveu a plateia com as avassaladoras "Chainsaw Gutsfuck" e "Carnage" (1986).
"Pure Fucking Armageddon" trouxe o fim do marcante espetáculo do Mayhem. Com certeza foi uma daquelas noites que vão ficar marcadas na memória por termos presenciado uma banda de tamanha importância para a história do Black Metal.
Saímos do Carioca Club prestigiados por termos vivenciado mais uma edição de sucesso do Open the Road Festival e contando para que sua próxima edição em São Paulo não demore muito para acontecer.
_____________________________________________________________
Setlist Vazio:
●
Impiedosa Dissolução Astral
(INTRO)
●
Elementais da Materia Escura
●
Sob a noite Espectral
●
Nascido do Fogo
●
O chamado dos mortos
●
Eterno Aeon Obscuro
●
A Besta Interior
●
Ancestral Rebelião
●
Emanações Sinistras da Escuridão
Primordial
●
Condenados ao Esquecimento
● Eterno Vazio
|
|
Setlist Flageladör:
●
Nas Minhas Veias Corre Fogo
●
Perseguir e Exterminar
●
Ao Vivo No Inferno
●
Missão Metal
●
Queimando Nas Chamas do Heavy
Metal
●
Máxima Voltagem
●
Cruzada Ao Lado de Satã
● Obcecado Por Sangue
●
Assalto da Motosserra
![]() |
Setlist Omen:
●
Termination
●
Dragon's Breath
●
Ruby Eyes (of the Serpent)
●
The Axeman
●
Teeth of the Hydra
●
Last Rites
●
Evil Seductress
●
The Curse
●
Warning of Danger
●
In the Arena
●
Die by the Blade
●
Guitar Solo
●
Battle Cry
|
|
|
|
Setlist Mayhem:
Act I
●
Falsified and Hated
●
To Daimonion
●
Malum
●
Bad Blood
●
My Death
●
Symbols of Bloodswords
●
Voces Ab Alta
Act II
●
Freezing Moon
●
Pagan Fears
●
Life Eternal
●
Buried by Time and Dust
Act III
●
Silvester Anfang
●
Deathcrush
●
Chainsaw Gutsfuck
●
Carnage
●
Pure Fucking Armageddon
|
|
Nenhum comentário:
Postar um comentário