E eles só poderiam ter vindo da Alemanha, lugar onde se sabe fazer Metal de verdade, loiras deliciosas (incluindo a cerveja) e “boas guerras” heheh. E por que algo assim vindo da Europa atualmente me surpreenderia ? Simples, porque uma epidemia de bandas muito técnicas que apenas querem soar como o Death (justamente na fase deles que não quero lembrar) cheias de integrantes vintage preocupados com causas homosexosociais e pseudo ocultismo hippie tem brotado aos montes naquele continente que já foi, nada mais nada menos, palco principal de duas guerras mundiais!! (É, tempos bons realmente criam “homens” fracos...)
Quem me conhece sabe que dificilmente um lançamento ou uma banda mais atual me empolga, mas quando eu soube desse álbum fiquei praticamente excitado hahah, pois eu já acompanhava a banda quando eu era zineiro, desde a época das suas demos, trocando tapes e conversas sujas com esses infames heeheheh.
Mais surpreso foi quando soube que seria lançado pela Iron Bonehead, um selo foda, mas de um patamar digamos “maior” em termos musicais do que se é proposto pela banda “Raw Death Metal” hahaha, e claro que a música dos caras não é mesmo entediante, pois é preciso separar as coisas, mas digo pelo fato da banda não ser tão conhecida (até um dia desses esses insolentes não tinham sequer uma rede social kkkkk e pode ter certeza que nome é algo que maioria desses selos maiores procuram antes de investir em um lançamento).
Mas isso que acho foda, contrariando todas as expectativas e possibilidades, o Sanctifying Ritual foi lá e vomitou da garganta do inferno um puta disco (que também saiu em LP, bom lembrar). São 9 açoites, alguns catados das demos, como “Craved in Rotten Remains”, “Throne of evil atrocity”...
Já outros, (de)composição nova mesmo, onde destaco as faixxxas “(Tales of the) Sinister Appearances” e “Obssessed by Gore”(que puta som e letra, a miasmática essência do Death Metal ainda pode ser sentida aqui)... “Stained with rotten blood” me fez notar como os solos e riffs de guitarra da banda são empolgantes, embora curtos, mas eu diria, na medida certa.
A sonoridade crua ti fará lembrar do Slaughter (CAN), passando pelos primórdios do DM americano (ironicamente falei do Death, mas nesse caso aqui pode lembrar do Mantas heheh e também Baphomet, Sadistic Intent, Death Strike, Incubus,Terminal Death, Possessed...) e mesmo relíquias do DM alemão como o 7EP do Purgatory – “Psycopathia Sexuallis” ou o álbum do Obscenity – “The Dying Truth”...
Destaco aqui a produção do encarte, a capa, as fontes usadas pra as letras e aqueles mostruários de cadáveres que pelo que entendi no encarte são de algum “museu” que os caras chamam de criptas, nas orlas em Neustadt (cidade da banda) e seja por parte da banda ou do selo, a idéia de colocá-las no encarte ficou matadora e reforça que uma banda sem qualquer pretensão profissional pode sim soar muito foda (aliás a essência de toda essa porra está é nisso mesmo) e cruzar essa linha tênue não é pra qualquer um, pois se fosse intencional soaria forçado e quando se faz algo por espontaneidade o resultado é justamente esse.
Essa é a lição que os “marqueteiros do metal” que fizeram algo relevante ou grandioso no passado, esqueceram e tentam a todo cu$to (e muito chá de COGUMELO) re$gatar com seus retorno$ mirabolantes, já os marqueteiros do presente dificilmente irão entender tudo isso. Mas voltando ao encarte, acho que só faltou mesmo uma foto da banda (aquela no campo de concentração ficaria foda, seus bastardos)! Venomessiah (guitarra), Lord (bateria), Enforcer (baixo) e Tyrant (Genocide Chants) vocês comandam!! Valeu por fazerem lembrar que esse mundo de merda infestado por vermes humanos sempre será um péssimo local para existir eheheh e também por conspirar (com Satã heheh) devolver ao Death Metal toda sordidez diluída... Hail S. Ritual!!!
ironboneheadproductions.bandcamp.com/album/sanctifying-ritual-s-t
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