11 de junho de 2021

DEVOURING “Suffering and Deformity” (Hells Prods/2016)

Muita gente pode se perguntar por que resenhar um álbum lançado em 2016, mas primeiramente eu tenho um prazo pessoal de 5 anos para resenhar uma banda; segundo, por que acho que foi um álbum FODA, diferenciado e muito importante no novo cenário de metal extremo aqui da Bahia (Simões Filho), sendo que não vi muita resenha desse material por ai...

Confesso que não viajo muito em algumas ideias da banda ou de alguns de seus integrantes - pra ser mais preciso (isso se foram mesmo eles que se recusaram a tocar em um evento de Death Metal só porque algumas femimimis que ninguém nunca ouviu falar ou jamais viu em algum show de DM “se ofenderam” porque teria apresentações de strippers nos intervalos... é, as coisas INFELIZMENTE estão mesmo muito mudadas...), mas não é isso que interessa aqui, pois eu realmente curti o som desses caras e já se foi o tempo que eu me prendia a esse papo de “ideologia” (só nunca de gênero, dessa eu tô fora kkkkkkk), mas falando sério, toda essa porra não passa de uma MÚSICA, extrema que seja, mesmo quando ela e nenhuma outra no ramo fonográfico não está acima de nenhuma lógica de mercado, basta olhar os preços dos LP’s seja de Metal, Punk, etc de uns tempos pra cá e os cachês de algumas bandas, ainda que muitos digam “odiar o capitalismo” kkkkkkk) acho que é isso (a música) que importa no fim das contas e estou pouco me lixando pra a opinião de pseudo-radicais iludidos e PNC (estou há mais de décadas dentro de toda essa merda, tempo o suficiente pra saber como as coisas funcionam; já gastei tanto dinheiro com Metal que eu podia ter um carro do ano, já perdi emprego, relacionamento, já briguei com família, já passei por bons e maus bocados dentro dessa porra toda, mas ESTOU AQUI e continuarei gostando de DEATH METAL da  mesma forma que gosto de BUCETAS, então aos “radicaloides”, vocês já devem saber onde meter seu radicaloidismo e suas opiniões) e por fim, acho que MUSICALMENTE falando a banda tem sim (e muito) algo a oferecer (tirando a lacração, please). 

Mas sem mais delongas, vamos ao álbum. Tenho certeza que as futuras gerações de Metalheads (se é que haverá isso ou algum futuro) irão olhar para esse álbum e dizer que ele foi, sem sombra dúvidas, um clássico do DM baiano dos anos 2000. 

Em minha modesta opinião eles pegaram muito do DM americano (espero que isso não os ofenda rsrs), por exemplo e deram aquela cara do que o DM baiano ainda tem pra oferecer (quem conhece o quintal da própria casa e não fica só “viajando em banda sueca” sabe o que to dizendo. 8 songs de puro tormento, bate cabeça e quebra pescoço!!! “Horror (Funeral of Christ)”, “Madness in Blood”, “Spreading terror in putrid flesh”, “Hate Impulsive” (talvez a minha predileta, seja pelo som ou pela letra heheh); vale lembrar que a faixa “Cocaine” se não me engano, conta com a participação de uma das mais devastadoras vozes de DM que já rolou aqui da BA, o brother Alexandre (ex-Disgrace and Death... infelizmente). 

A produção gráfica do material, apesar de ter ficado massa, com encarte de 16 páginas (8 frente e verso), letras das músicas, fotos dos caras (Kaique Machado – G/Vochaos), Marcio Jordane (Bateria – é o mesmo da Papa Necrose? Parece...), Derick Alcântara (Bass) e Hugo Elias (também Guitar), layout e logotipo por Brutus Design, o diferencial do estúdio WR por Hugo Elias (o outro guitarrista da banda) e a arte por Emerson Maia (o único fator negativo, isso por conta do selo creio eu, foi que essa arte não foi aproveitada como deveria, pois a capa e partes do encarte em si, saíram muito escuras, mas de resto, ta valendo, pois embora seja eu um “capitalista” que ironicamente está pouco se fudendo pra profissionalismo heheh AINDA acredito no UG).

Outro fator negativo foi nos créditos do CD, agradecimento pra tanta gente nada haver que nunca moveu um prego pelo metal de verdade (Cronos PICARETAGEM Produções que surgiu aqui em Alagoinhas/BA, tá de brincadeira né? Quando essa mesma cidade possui selos e distribuidoras sérios, vos aconselho olhar pro abismo hehehe), mas isso não é problema meu nem do leitor...

Pra finalizar, não conheço muito a fundo as atividades do selo (IHells) que lançou esse debut, mas posso dizer que o cabeça do selo (Alan) acertou na mosca e de olhos fechados.

Caso ainda não tenham esse material, corram logo atrás, pois ele ainda acha rolando, senão um dia esse material estará esgotado, se tornará um clássico da segunda metade dos anos 2000 e você ficará se lamentando ou pagando rios de dinheiro pra quem tenha ele,  porque você não pegou sua cópia quando teve chance, então corra logo atrás antes que os especuladores do mercado financeiro do underground vejam essa resenha...

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