7 de junho de 2021

DEFORMITY BR “Hacked, Boiled, Dismembered, Butchered” (Pictures From Hell Distro, Sociedade dos Mortos Prods, Cianeto Discos, Blasphemy Prods/2020)

Falar da historia do Deformity BR, é análogo a falar da história do próprio Death Metal baiano (principalmente no interior da BA) dos anos 90, afinal a banda, que surgiu em 1994, completou 25 anos no ano passado...

Minha relação com a Deformity sempre beirou “o amor e o ódio” (ódio no bom sentido) hahaha pois foi uma das primeiras bandas DM aqui da BA que ouvi falar, uma das primeiras que peguei ensaio, show, uma das primeiras que me correspondi, uma das primeiras que até sonhei (pesadelei) em tocar hehe quando Dálvaro (ou era Dalmar) apareceu aqui em Alagoinhas lá no extinto (ouvi dizer que ia voltar) estúdio de tattoo do Verneck ou Tinho “ex-Antichristus” dizendo que a banda estava atrás de um baixista, se não me falha a memória e também foi umas das primeiras bandas que fiz amizade com um integrante (Diego F. Grinder).

Ver esse lançamento me fez passar um monte de podreiras na cabeça heheh desde lembrar do Lúcio engolindo inteiro aquela zorra de osso de galinha na boca, até ficar ouvindo Cannibal Corpse o tempo todo como se fosse a última banda do face da terra aarrgghh.

Sempre notei que o pessoal da Deformity tinham um potencial fodastico, identidade (tocar Death Splatter ainda hoje quando quase ninguém mais fala nesse estilo...), caras que realmente curtem o que tocam, um dos melhores bateristas da BA (e gente fina também, e pensar que antigamente eu não ia muito com a cara desse desgraçado hhehe, sorry brother), um baixista insano e camarada, um guitarrista com uma postura de palco do caralho e um ex-vocal que foi um dos melhores no DM que já teve em toda BA (lembrando que ninguém é insubstituível e que o novo vocalista está dando conta e isso que importa). 

Quanto ao “ódio” aarrgg é porque as vezes eu tinha a impressão que os caras meio que se subestimavam e “se sabotavam”, desperdiçando potencial, por exemplo, ás vezes tocando em eventos meio sem sentido srsr. Mas é aquele coisa, eu não tinha a maturidade necessária para entender que estamos na BA e que as coisas aqui sempre foram ultra-difíceis, já que uma coisa é só gostar de DM e outra coisa é tocar DM.

O que importa é que os caras estão a 25 anos na mesma pegada e pode apostar que ao longo de todos esses anos, apareceu muita banda “extrema de radicais” que não duraram nem 5, mas a Deformity continua aqui, gravando, ensaiando, produzindo e tocando, bem em cima dos ossos deles e que continue por mais 25 mesmo!!

Mas porra, deixando a converseira de lado e indo ao que interessa, na real nem tem muito o que dizer desse material, pois boa parte dele já foi descrita acima pra quem acompanhou em ensaios, shows e conheceu as gravações toscas (agora num bom sentido hehehe) das demos “Fleshless Remains”, “Disgrace is Coming” e “Theres more blood coming”, todas aqui remasterizadas nesse modesto, mas muito importante CD pra quem saca e se importa com a história do DM baiano. 

Mas existe uma parte que ainda não foi comentada aqui; o material não se trata apenas do passado, pois nele contém a própria faixxxa título com o single “Hacked, Boiled, Dismembered, Butchered” que é o que a banda ainda tem para oferecer nos nossos tempos, ou seja, Death Fucking Metal sem perder nem um pouco a sordidez (só a sensatez da insalubridade heheh, mostrando todos os aspectos grotescos da anatomia e perversão humana).

Não sei por que e posso até estar enganado, mas ao ouvir esse som, só me vem na cabeça bandas como Cancer, Pungent Stench, “Hallucinating Anxiety” (Cadaver), Sarcastic aqui do BR... E o novo vocalista Krusius Barreto, trouxe a sua bagagem pra a banda e não ficou tentando copiar o passado. 

Confesso que a principio, tive uma resistência muito idiota da minha parte em aceitar a saída de Lúcio (que pra mim junto do Sérgio – Headhunter DC e Cristiano – Sawer formavam os 3 melhores vocalistas de DM aqui da BA e Nordeste em geral), mas a carnificina deve seguir e foda-se!!

Essa compilation soube equilibrar muito o que foi feito, com o que está sendo feito (soaria forçado e clichê ficar falando só de passado, mas aproveito aqui o gancho pra dizer que os selos bem que podiam fazer um material nessa vibe com o Martyrdom e sua demo ensaio de 1997).

Então é isso, “The torture never stops!! And never stop the madness” ahahahaaarrrggg!!!

deformity.brasil@gmail.com / deformitybr_bandcamp.com

Nenhum comentário: