1 de fevereiro de 2014

FIRE STRIKE (SÃO PAULO/SP - BRASIL)

“Enquanto a última estrela brilhar no azul do céu, o Heavy nunca vai parar de rolar!” Com esta frase do grande Overdose introduzo a vocês leitores um pouco da história desta excelente banda chamada Fire Strike, que prima em manter acesa a chama do Heavy Metal Tradicional, batemos um papo com o simpático baterista Jean Praelli, confiram:


TGZ: Um fato que despertou minha atenção é que aparentemente os membros da banda são bem novos, ou seja, não nasceram na era dourada do Heavy Metal – notadamente aquela fase gloriosa do NWOBHM.  Porém é justamente neste “oásis” que a banda bebe em abundância.  Já faz um bom tempo que gente “nova” começa e se dedica ao Metal ao extremo, já o Fire Strike rema “contra a maré” ao singrar os mares do Metal Tradicional. Por quê?

Jean Praelli: Nós do Fire Strike sempre apreciamos este lado tradicional do Heavy Metal, Sempre escutamos bandas como Grim Reaper, Saxon , Judas Priest,Exciter e Iron Maiden. Isso vem desde os tempos que nos conhecemos na escola, Gostamos muito da linha musical e de toda aquela imagem das bandas tradicionais dos anos 80, então desde o inicio foi uma escolha natural seguir esta vertente.

TGZ: Muito bom! Fico feliz em ver que a chama do Metal tradicional continua acesa nos corações de gerações mais novas que as minha - antiga como o rascunho da bíblia srrsrsrs. O Fire Strike outrora tivera outra formação a qual chegou a lançar uma demo tape, esta satisfez os músicos e conseguiu pôr o nome da banda dentro da cena?

JP: O Fire Strike começou com o nome de Hole of Hell, isso na época que todos estudavam juntos, éramos bem jovens mesmo, como Hole of Hell Gravamos um demo cd que realmente detestamos, ficou muito ruim a gravação, e como éramos inexperientes não tínhamos muitas noções de como trabalhar em estúdio, mas esta demo foi até muito recebida na época isso em 2004/2005, Mudamos o nome para Fire Strike no finalzinho de 2005 e com uma nova formação gravamos mais uma demo, esta demo também não tem uma produção boa, mas serviu para divulgação do nome do Fire Strike pelo underground nacional!

TGZ: Entendo, mas esta segunda demo já foi com a Aline no vocal? Como a banda encontrou esta excelente vocalista?

JP: Então nossa Segunda demo foi gravada pelo vocalista original, o Fernando, antes disso chegamos gravar uma musica com outro vocalista, o Marlon. Devido a diferenças de visão, estes vocalistas deixaram a banda. A Aline sempre foi uma grande amiga nossa mesmo antes de entrar para o Fire Strike ela frequentava nossos shows e somos amigos da família dela faz tempo. Eu mesmo não sabia que ela tinha este talento tão grande e foi realmente uma descoberta que mudou a historia do Fire Strike, sou muito fã da voz da Aline e ela sempre nos ajudou muito!

TGZ: Um achado, pois sua voz aguda casou muito bem com a sonoridade da banda. Agora satisfaça minha curiosidade porque não um full lenght e sim um EP?

JP: Na verdade nós precisávamos lançar um material oficial, a banda já estava na estrada fazia muito tempo e não tínhamos lançado nosso cd ainda, então apareceu a oportunidade de lançamento e como já tínhamos as musicas do EP encaminhadas decidimos fazer algo que fosse lançado de forma rápida para não perder a chance de divulgar a banda de forma oficial, se fossemos gravar mais três ou quatro musicas iria atrasar demais o lançamento.

TGZ: Verdade, o resultado final na minha humilde opinião ficou bem acima da média do que tenho ouvido recentemente. Todo o processo de produção, controle sobre a gravação, ficou sobre as costas de membros da banda. Economia ou para ter a certeza que teriam a sonoridade mais fidedigna possível?

JP: Bom, na verdade eu creio que seja um pouco dos dois. O fato de poder gravar em casa e economizar uma grana é algo importante nos dias de hoje, mas como todos podem conferir no EP a qualidade de gravação está muito boa mesmo, e todo mérito vai para o Helyad, com ajuda do nosso outro guitarrista Henrique. O Helyad aprendeu tudo sobre produção sozinho, estudando, pesquisando e testando. E de verdade eu sou defensor que continuemos a trabalhar desta forma, pois vejo muita banda que gasta uma nota com produtores e estúdios de renome que não conseguem uma produção que soe como nosso cd, poder ter controle total de como nossa musica pode soar é algo muito bom também!

TGZ: Então esta "fórmula" faça você mesmo vai ser usada novamente no futuro álbum?

JP: Sim! Já estamos dando sequencia nas gravações do primeiro álbum completo e creio que será feito da mesma forma que o EP, é uma formula que deu resultado e devemos continuar trabalhando assim.

TGZ: Deixa ver se eu entendi, já estão trabalhando o álbum completo? É isto mesmo? Mas esclareça, as musicas do EP serão usadas para compor o track list ou teremos um track list completamente inédito?

JP: Sim! Já estamos compondo e produzindo o álbum completo, a previsão é de que este ano saia. Não temos muitos detalhes, pois ainda estamos no começo do processo, mas a ideia de ter musicas do EP no disco é uma possibilidade sim,

TGZ: E a temática da arte e do título do EP, qual a concepção por trás deste?

JP: Bom, sobre a arte da capa nós sempre gostamos e procuramos ter algo na linha das antigas capas dos LP's em vinil, aquela coisa das artes do Conan também, artistas como Jusko e Boris Vallejo são inspiradoras para nós, detestamos estas artes computadorizadas que são horríveis e sem sentido algum, queríamos algo feito á mão, entramos em contato com alguns artistas, mas não estávamos 100% satisfeitos, foi quando encontramos o Genial Celso Matias, o cara é muito fera, já trabalhou com bandas como Hazy Hamlet e Azul Limão, e é reconhecido internacionalmente, em nossa opinião ele é o melhor nesta arte. Então fechamos com ele e o trabalho ficou maravilhoso A música “Lion and Tiger” é uma composição relativamente antiga da banda, e de verdade não era a primeira opção para trabalharmos, mas como ela casou com a temática que procurávamos ficou tudo perfeito. E pretendemos manter estes mesmos elementos gráficos em futuros lançamentos.

TGZ: Realmente a arte gráfica "casou" perfeitamente com a proposta musical e lírica da banda. Mas nos diga uma coisa, o que você diria para quem mesmo se dizendo headbanger acha o som do Fire Strike datado?

JP: Isso é uma questão que gera muitos debates mesmo, eu penso que música não tem data de validade, musica não é um produto que fica em uma prateleira e se não for consumida em determinado período deve ser jogada fora, então independente da formula que é usada para se fazer musica de qualidade ela deve ser apreciada. As pessoas vivem em uma demanda por novidade, e muitas vezes estas novidades não significam exatamente qualidade, nós tocamos aquilo que gostamos e o som de que gostamos vem de bandas como Judas Priest e Iron Maiden, isso é o que guia nossa música. Nós não temos a intenção de soar igual estas bandas nem nos consideramos uma banda de som oitentista, mas que seguimos a linha de Metal tradicional sem misturas e invenções, queremos dar sequencia á linha de som que nos agrada, manter viva a tradição sem querer descaracterizar este estilo tão único que é o Heavy Metal!!

TGZ: Muito bom!!  Bem eu e acredito que nossos leitores estão contentes em poder conhecer um pouco mais da história e planos do Fire Strike, em nome da equipe do Thundergod Magazine agradeço o tempo dedicado por você em nos conceder esta pequena entrevista, fique à vontade para externar suas considerações finais.

JP: Muito Obrigado á você e toda equipe do Thundergod Magazine, realmente ficamos muito felizes pelo espaço concedido, espero encontrar com os fãs do Heavy Metal espalhados pelo Brasil em nossos shows muito em breve! Forte abraço e mantenham a chama queimando!!!!             

Mais informações acessem: firestrike.com.br