25 de novembro de 2013

GENOCÍDIO (São Paulo/SP - Brasil)

O Genocídio, essa respeitada banda que vem desde o final dos anos 80 surpreendendo sempre a cada álbum, nesse ano de 2013 está com dois lançamentos, um a edição comemorativa aos 20 anos do "Hoctaedrom" que já foi lançado via Mutilation Recs, e com o "In Love With Hatred", novo álbum, previsto para ser lançado exatamente HOJE, 25 de novembro, aceitou minha proposta de uma entrevista relâmpago e em conjunto com todos os membros (segue por ordem de resposta)...

...ah! Eu tinha de inovar também, né?...


TGZ: "Ouvindo" a trajetória do Genoca em sua discografia, percebo várias influências. Falem um pouco sobre elas e se tem a ver com as possíveis diferentes preferências dos membros da banda, e das mudanças na formação do Genocídio.

Joao Gobo: Antes de me tornar baterista do Genocídio, vinha acompanhando a carreira da banda como fã, desde a década de 90. Em virtude disso, entendo o que você quer dizer com essa diversidade de influencias, afinal, nunca sabia o que esperar de um trabalho novo dos caras. Na minha opinião, isso é bastante salutar, pois reflete nosso amadurecimento enquanto músicos e evita, dentre outras coisas, o lugar comum, a estagnação criativa. Obviamente cada integrante que passou pela banda trouxe consigo um pouco de suas influencias pessoais. Mais importante que as influencias diversas, é como isso é agregado ao som da banda. A originalidade do Genocídio reside nesse fato! Não somos uma banda estática, tão pouco nos curvamos a rótulos. A banda possui um estilo próprio e bem característico e é por aí que nos guiamos.

Wanderley Perna: Apesar do Genocídio ser uma banda que tem suas raízes no Death Metal, nunca ficamos preso a rótulos, visto que já no segundo álbum "Depression" a banda deixava de lado as letras satânicas e buscava novos temas para completar a massa sonora que agora teriam outros elementos musicais. É certo que cada membro que passou pela banda deixou um pouco de sua influência nas composições, ajudando a moldar o Genocídio como ele é em cada trabalho!

Murillo Leite: Acredito que independentemente da formação e da época, o Genocídio sempre buscou trazer algo de novo em seus álbuns, procurando mostrar estéticas sonoras diferentes. Amamos o peso, mas temos influências de outros estilos fora o Metal e isso fica latente nas nossas composições, a originalidade é um aspecto importante e que sempre tratamos como prioridade no processo criativo.

Rafael Orsi Cecílio: Minhas influências são bem diferentes, variam de Johnny Cash à Immortal, Schoenberg à Morbid Angel, gosto de muita coisa mesmo, sempre tento filtrar tudo que ouço, agregando tudo que acho que combina ao meu som, seja qual for o estilo.

TGZ: Vocês têm outras bandas? Quais?

Joao Gobo: Tanto o Murillo quanto o Perna são genoworkers em tempo integral. O Rafael (guitarrista) tem seu projeto solo The Anger e toca comigo em uma outra banda de Metal Tradicional, chamado Darkness In Flames. Além do Darkness eu toco em mais duas bandas Twin Rocks e Marble Stone.

Wanderley Perna: Eu particularmente não tenho ou tive outra banda... Genocídio is my life! 

Murillo Leite: Quando retornamos em 2006 não pude me dedicar a nenhum outro projeto, o Genocídio já toma bastante o meu tempo...rsrsrs a única banda a qual me envolvi foi o Moe's, uma banda que toca covers dos anos 80 em versões pesadas, mas como passatempo mesmo.

Rafael Orsi Cecílio: Tenho um projeto caseiro chamado The Anger, na qual eu componho sons na linha Hard Rock e Heavy Metal, gravo todos os instrumentos e vozes, e posto tudo no site the-anger.com, todas as músicas podem ser baixadas gratuitamente. Tenho também um perfil no soundcloud com vários tipos de composições, músicas instrumentais de violão, orquestradas, etc, e tento atualizar com certa regularidade. soundcloud.com/rafaorsi

TGZ: Em junho deste ano, vocês anunciaram o lançamento de uma edição comemorativa do aniversário de 20 anos do "Hoctaedrom", pela Mutilation Recs, em agosto, com show tocando na íntegra. Como foi isso?

"Hoctaedrom" (1993) - Segundo álbum do Genocídio
Joao Gobo: O "Hoctaedrom" é um clássico do Death Metal nacional e nada mais justo que comemorarmos uma data tao especial. Particularmente, foi uma oportunidade única fazer parte desse evento! 

Wanderley Perna: Foi muito gratificante saber que após 20 anos do lançamento do álbum "Hoctaedrom", ele ainda está vivo na memória das pessoas. Na época foi um álbum muito importante e ainda continua sendo para nós!

Murillo Leite O "Hoctaedrom" representa o auge da banda nos anos 90 e quando o lançamento completou 20 anos achamos que seria uma ótima oportunidade revisitá-lo. Ele tem uma forte influência no material que escrevemos para o novo álbum, "In love with hatred". O fato de tocá-lo na íntegra foi extremamente prazeroso, pois eu ainda o considero relevante e com a atual formação ele soou muito mais poderoso!

Rafael Orsi Cecílio: Pra mim foi muito importante fazer parte dessa festa. O Genocídio é uma banda que sempre ficou conhecida por ter a própria cara, e poder participar de uma comemoração desse nível foi extremamente gratificante para mim.

TGZ: O novo álbum da banda, "In Love With Hatred", tem lançamento marcado para 25 de novembro, ou seja HOJE, pela Urubuz Recs. Sei que todos puderam acompanhar praticamente o novo álbum sendo feito, através da fan page da banda no Facebook (facebook.com/genocidiobr), e dos vídeos postados no Youtube (youtube.com/Genocidio), mas contem agora pra a gente, depois de tudo pronto, como foi esse trabalho, o que esperam de seu lançamento, e se tem algum show de lançamento marcado.

Joao Gobo: Quando entrei na banda, grande parte do material já estava em um processo bem adiantado de composição. Mesmo assim, pude contribuir com alguns arranjos. Minha primeira impressão quando tomei contato com as músicas foi que esse disco seria muito pesado e agressivo, uma espécie de resgate a época do "Hoctaedrom", mas sem perder o lado inovador que sempre permeou nossos trabalhos anteriores. Foi muito gratificante trabalhar com a Sphaera Rock Orquestra e os convidados especiais: Vitor Rodrigues do Vodoo Priest e Manu Joker do Uganga. 

Wanderley Perna: Foi uma nova experiência nova para todos nós, principalmente o fato de gravar com uma orquestra. Nos dedicamos ao máximo nas composições esperando fazer o melhor... Esperamos que os fãs curtam esse novo trabalho!

Murillo Leite: Após termos lançado "The Clan" em 2010 e a banda ter sobrevivido às duas baixas de formação, sentimos que precisávamos mostrar uma nova proposta para manter a banda no estágio que chegamos com este álbum. E foi o que fizemos, prestes a completar 25 anos de estrada, resolvemos olhar para nossa história e pinçar nela os elementos que iríamos utilizar neste novo álbum "In love with hatred". Obviamente, não deixamos de inovar, por isso temos uma orquestra tocando duas músicas conosco e os dois novos integrantes, através de suas influência e habilidades, contribuíram muito para conseguirmos atingir um patamar além do alcançado no álbum anterior. Particularmente, considero-o excelente!

Rafael Orsi Cecílio: O processo de composição foi bem legal, eu mal entrei na banda e já estava participando. Com um mês já tinha mandado 2 sons para a galera, e juntos fomos lapidando todas as ideias. O processo em geral foi rápido até, visto que o João entrou no final disso, ele ainda conseguiu ajudar em algumas coisas. Então chegamos a um resultado bem aceito por todos os integrantes.

TGZ: Muito obrigada pela atenção em responder, ainda mais na correria antes do lançamento HOJE, (25/11/2013). Abraço a todos do Genocídio, desejo tudo de bom pra vocês, sucesso em seus projetos, e espero encontrá-los pessoalmente, de preferência em algum show do Genoca! 

Joao Gobo Gostaria: de agradecer a oportunidade e espero que todos apreciem nosso novo trabalho. O Genocídio ainda tem muita coisa para mostrar aos fãs!!

Wanderley Perna: Obrigado a todos que acompanham a banda e esperamos poder vê-los nos próximos shows da banda.

Murillo Leite: Muito obrigado ao Thundergod Zine e à você, Carolina, por esta oportunidade, às pessoas que nos apoiam e aos nossos fãs, sem vocês isso tudo não faria o menor sentido!

Rafael Orsi Cecílio: Agradeço ao espaço e ao interesse de todos que leram a matéria. Sem público não existe banda nenhuma.

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