O Headhunter DC está a quase três dêcadas (ininterruptas) despejando seu ódio ao cri$tiani$mo através do seu fudido Death Metal sem nunca ter traído suas origens!!!
Recentemente o Headhunter DC lançou seu quinto álbum de estúdio intitulado "...In UnholyMourning..." (clique aqui para ler o review), mais um puta assalto metálico que tenho certeza que será aclamado pelos verdadeiros HellBangers, que segundo o próprio vocalista Sérgio Nekrobaloff666
“(são) 10 mórbidas oferendas de pecado e heresia em forma de blasfemo e brutalizante Metal profano da Morte da velha escola do gênero, pesado e obscuro como nasceu para ser, feito por pessoas realmente comprometidas com a sua verdadeira essência. Um réquiem para os desgraçados...”
E é o próprio Sérgio Nekrobaloff666, the possessed one, que responde as questões abaixo, sobre o novo álbum, shows pelo Brasil e fora, entre outras perguntas...
TGZ -
Saudações Metálicas, grande brother Sérgio Baloff!!! Mais uma vez é um prazer
poder contar com a presença do Headhunter DC, desta vez na versão on-line do
ThunderGod Zine!!! Também é foda ter a honra de testemunhar mais um ato metalizadamente
profano, o lançamento do quinto álbum do Headhunter DC "...In UnholyMourning..." !!! Comece nos apresentando esta obra de total devoção ao
verdadeiro Death Metal underground:
Nekrobaloff666, the possessed one... – Ave Elimar, meu irmão!!! O prazer é todo
nosso em estarmos mais uma vez aqui no ThunderGod espalhando a palavra do Culto
da Morte aos nossos irmãos do Metal Underground, e desde já obrigado mais uma
vez pelo sempre precioso suporte! Então, como eu disse no texto publicado no
booklet do álbum, “(são) 10 mórbidas oferendas de pecado e heresia em forma
de blasfemo e brutalizante Metal profano da Morte da velha escola do gênero,
pesado e obscuro como nasceu para ser, feito por pessoas realmente
comprometidas com a sua verdadeira essência. Um réquiem para os desgraçados...”.
Eu acho que essa frase sintetiza perfeitamente o que se trata esse novo
trabalho, mas seria relevante também mencionar que trata-se de mais uma grande
conquista para nós diante de todas as dificuldades enfrentadas – ainda que nos
dias atuais as dificuldades na cena nem de longe podem ser comparadas com as
que costumávamos enfrentar há 20 anos. Coincidentemente o disco foi lançado no
mesmo ano em que completamos 25 anos de estrada, o que torna 2012 ainda mais
importante pro Headhunter Death Cult. “...In Unholy Mourning...” também
trata-se de um grande desafio para mim, pois é o primeiro álbum do Headhunter
D.C. totalmente escrito por mim (músicas e letras), como exceção, obviamente,
do cover do ThrashMassacre “Into the Nightmare”, o que também o torna ainda
mais importante para este que aqui escreve. Musicalmente falando, “...IUM...”
traz características encontradas em cada um de nossos álbuns anteriores, como
sempre acontece em cada novo esforço, principalmente as atmosferas mais
sombrias encontradas em “Punishment At Dawn” e “...And the Sky Turns to
Black...”, porém como é sempre o nosso objetivo, esse álbum não soa exatamente
como nenhum de nossos trabalhos, já que naturalmente sempre fazemos álbuns
distintos uns dos outros, porém sempre mantendo nossa essência intacta.
Propositalmente, “...IUM...” vem com uma gravação mais “suja” que seu
antecessor “God’s Spreading Cancer...” como suas próprias músicas demandavam,
servindo como uma perfeita moldura para o clima denso e pesado contido nele, porém
com a qualidade necessária para que o mesmo possa ser absorvido da melhor forma
possível por todos. Quanto às letras, ainda aproveitando-me do que está escrito
no booklet, “os textos aparecem, mais uma vez, como uma forma de resistência às
chamadas leis e ordens sagradas, uma forma própria de vomitar aos quatro cantos
do mundo que continuo minha incansável saga contra a Igreja, contra a maldita
cristandade, livre de toda e qualquer forma de imposição religiosa”. Enfim,
assim é “...In Unholy Mourning...”, e mais uma vez estamos muito satisfeitos e
orgulhosos por todo o árduo trabalho desenvolvido para concebê-lo.
TGZ -
Nove sons deste álbum foram compostos por você, as letras e as músicas, assim como
também a produção ficou por sua conta. Pelo que sei este é o primeiro álbum em
que isto ocorreu. O que o levou a ter esta iniciativa e como foi a experiência
de assumir a produção inteira de um álbum?
Nekrobaloff666,
the possessed one... – Acabei falando um pouco sobre isso na questão anterior.
Como disse, foi tudo como um grande desafio para mim ter que compor esse novo
álbum. De repente me vi desafiado a escrever o disco na íntegra devido às
circunstâncias daquele momento, e como jamais recusei um desafio que realmente valesse
a pena o esforço, encarei tudo com a força e a coragem que o Death Metal me
proporciona. Após o lançamento de “GSC...”, o Paulo (Lisboa) ficou ainda mais
atarefado e com seu tempo ainda mais reduzido para dedicar-se às composições da
banda devido ao seu trabalho de professor, o que limitou totalmente sua função
de principal compositor do Headhunter D.C., mas felizmente pude contar com uma
boa dose de inspiração, e apesar de nem de longe me considerar um músico como o
meu irmão Paulo o é, acho que fui bem-sucedido com a criação de novos hinos de
morte e pecado dentro do que o Headhunter Death Cult sempre se propôs a fazer.
Produzir esse novo trabalho seria algo meio que inevitável para mim, já que,
sendo o álbum todo escrito por mim, ninguém melhor do que eu mesmo para saber
exatamente como ele deveria soar, e não sei se conseguiria passar isso de
maneira exata para outra pessoa que viesse a produzi-lo. O resultado me agradou
bastante, ainda que eu sempre vá achar que algo poderia ter saído melhor, mas é
sempre assim, não tem jeito. Criar, tocar e produzir Death Metal é um eterno
aprendizado e estaremos sempre tentando nos superar a cada novo trabalho.
TGZ -
Mais uma vez vocês fazem uma homenagem ao ThrashMassacre, com o som "Into
the Nightmare". O ThrashMassacre, pra quem não sabe, foi sua banda antes
do Headhunter DC, acredito não ser este apenas o motivo pela homenagem, certo?
Nekrobaloff666, the possessed one... – Não mesmo! O objetivo mais uma
vez foi o de pagar tributo aos pioneiros do Metal Extremo na Bahia, junto com o
Krânio Metálico, e nossos parceiros de cena nos anos 80. A qualidade da música
do ThrashMassacre era algo de impressionar mesmo, como se estivessem à frente
de seu tempo, numa época e num lugar quando/onde as informações eram muito
escassas, então a gravação de “Into the Nightmare” – assim como aconteceu com
“Angelkiller” – é nossa forma de eternizar essas grandes músicas dessa grande
banda que infelizmente não chegou a gravar uma demo oficial. No próximo
trabalho tem mais!
TGZ -
O álbum foi lançado recentemente, mas já rolaram shows após o lançamento. E aí,
como vem sendo a receptividade do público aos sons novos ao vivo?
Nekrobaloff666,
the possessed one... – A resposta do público às novas músicas tem sido
grandiosa desde que começamos a tocar algumas delas nos shows, ainda antes do
lançamento do álbum. Sempre fazemos isso quando estamos para lançar um novo
trabalho, como uma forma de familiarizar os fãs com o que está por vir e sentir
a reação deles para com as mesmas. Hoje, com o disco já lançado, a
receptividade dos maníacos para músicas como “Deny the Light” e “Hail the Metal
of Death!”, por exemplo, é algo de arrepiar, como se fossem músicas lançadas há
anos.
TGZ -
Falando em tournée, o que já tem certo para começar a divulgar "...In
Unholy Mourning..." pelo Brasil e fora dele?
Nekrobaloff666, the possessed one... – A “…In Unholy Mourning for God… Tour 2012” já é uma
realidade, e apesar de não tratar-se de uma tour sequencial como costumamos
fazer, temos feito uma quantidade bastante razoável de shows pelo Brasil. Até o
momento tocamos em cidades como Campo Grande/MS (pela primeiríssima vez),
Cuiabá/MT, Juazeiro do Norte/CE, São Paulo/SP, Vitória da Conquista/BA,
Fortaleza/CE (como headliners no ForCaos Fest) e temos outras datas para serem
anunciadas em Salvador/BA, Feira de Santana/BA, Irecê/BA, Valente/BA, Belém/PA,
Porto Velho/RO além de novas datas já confirmadas, como Natal/RN (15 de
setembro), São Paulo/SP (20 de outubro) e Manaus/AM (10 de novembro). A
tendência é intensificar ainda mais essa sequência de shows até o final do ano,
e se tudo der certo faremos umas datas em outros países da América do Sul entre
janeiro e fevereiro. Vamos ver o que acontece...
TGZ -
O Headhunter DC já tem mais de 25 anos de estrada! Mas percebi que os últimos
cinco anos estão mais intensos, com lançamentos, tournées mais longas... vocês
chegaram a tocar até fora do Brasil neste período. O que você atribui essa
intensidade nos últimos anos na saga do Headhunter DC?
Nekrobaloff666,
the possessed one... – A grande verdade, e que é relevante ser citado, é que o
Headhunter D.C. sempre permaneceu extremamente ativo durante esses 25 anos de
existência, mesmo na época das “vacas magras” para o Death Metal e para o Metal
num geral no Brasil e no mundo, ao contrário de várias bandas que abandonaram o
barco ao primeiro sinal de dificuldade real – em vários casos, sinais de
traição mesmo –, o que significa que, diferente de alguns nomes que clamam em
ter 20, 25 anos de história, mas que ficaram por 15, 20 anos totalmente
inativos, temos 25 anos de uma trajetória intensa e ininterrupta, e a tendência
natural nessa jornada é intensificá-la cada vez mais, ainda que enfrentando
todas as dificuldades de praxe. Sempre fomos uma banda séria e não apenas um
hobby como muitas; sempre procuramos espalhar a mensagem contida em nossas
músicas (musical e ideologicamente falando) através de cultos ao vivo nos mais
distantes e no maior número de lugares que possamos alcançar, e assim será
enquanto existirmos.
TGZ -
Recentemente vocês foram escalados pra fazer parte do cast do festival Metal
Open Air, daí rolou o fiasco que todo mundo acompanhou, mas qual foi o lance que
rolou com o Headhunter DC? Vocês chegaram a ir pra São Luis?
Nekrobaloff666,
the possessed one... – Não, não chegamos nem mesmo a voarmos pra São Luis. Na
verdade, tocar nesse assunto me causa uma puta indignação e até um certo constrangimento,
Elimar, pela grande vergonha que foi essa palhaçada chamada MOA, um fiasco de
dimensões internacionais. O que rolou com a gente foi o mesmo que rolou com a
grande maioria das bandas nacionais: nos foi prometido que seríamos “reconhecidos
e valorizados por tudo aquilo que representamos para a cena brasileira” e no
final nem nossas passagens nos foram enviadas. Esperamos até o último momento
pelas passagens e pelo depósito do cachê prometido (que em respeito aos fãs e
admiradores da banda que lá estavam para nos ver seria até dispensado por nós
caso os outros pontos básicos fossem cumpridos), mas como todos já sabem, nada
aconteceu. Sentimos muito por todos que lá estiveram e que foram desrespeitados
em vários aspectos. Só nos resta agora virar essa página vergonhosa da história
da cena Metal brasileira e esperar que cidadãos como esses não cruzem mais o
nosso caminho.
TGZ -
Voltando a falar do álbum, na faixa "Hail the Metal of Death!" rolou
um lance ducaralho que foi a participação de vários Hellbangers num coro fudido
pra caralho!!! "The Choir of the Damned"!!! No álbum anterior "God´s Spreading Cancer..."
tem um lance também de coro, algo que acho foda pra caralho!!! Será uma
constante nos álbuns do Headhunter DC a participação de HellBangers? Você não
acha que já é momento pro Headhunter DC lançar um álbum ao vivo? Aí a
participação dos Hellbangers seria maior!!!!!!
Nekrobaloff666,
the possessed one... – Não sei se isso será uma constante em nossos álbuns
daqui pra frente, dependerá do que for surgir em seguida em termos de
composições. A ideia do coro em “Hail the Metal of Death!” surgiu logo que sua
letra foi finalizada... seu texto pedia isso, então tudo se encaixou como uma
luva, entende? Isso também serviu para aproximar ainda mais a banda dos fãs e
irmãos do Metal, algo como mostrar que somos todos uma só força em prol da
ideologia do Metal da Morte, que somos deathbangers, maníacos metalheads antes
de sermos músicos de Death Metal, então estamos todos no mesmo barco, comungando
da mesma causa. Quanto a um álbum ao vivo, eu acho que estamos mais do que
preparados para isso, e surgindo a oportunidade (assim como para a gravação do
primeiro DVD oficial da banda, algo que já está em nossos planos há algum
tempo) a aproveitaremos ao máximo para tornarmos isso uma realidade.
TGZ -
O álbum também está envolto numa atmosfera ainda mais obscura! O clima da
introdução "Rotten Death Prayer" e alguns trechos dos sons, como a
fudida homenagem ao clássico filme The Exorcist em “Unexorcised (haunting your
exorcist)”, foram responsáveis em deixar o clima bastante sombrio no álbum!!! O
que você acha que contribuiu pra essa característica do disco?
Nekrobaloff666,
the possessed one... – Eu acho que as próprias músicas de “...IUM...” já são
por si só envoltas numa atmosfera carregada, sombria e obscura. Isso unido aos
textos e a já citada gravação mais “suja” dá ao álbum esse clima característico
de morte e profanação. Acredito também que o “espírito” dos músicos quando da
gravação do álbum também seja responsável pela criação da ambiência do mesmo.
Músicas como “Cursed be Thou” e “Lightless...” certamente também passam essa
vibe quando ouvidas...
TGZ -
Estamos acompanhando nos últimos anos uma queda em shows Metálicos em nosso
estado!!!! E os shows que rolam dificilmente tem o apoio maciço do público,
principalmente em Salvador e Feira de Santana, algo preocupante e frustrante,
afinal nós Hellbangers somos sedentos por "reuniões" regadas a
cerveja e Metal!!! Pra você o que está acontecendo com o nosso cenário?
Nekrobaloff666,
the possessed one... – Eu realmente não saberia dizer, Elimar, mas a verdade é
que o público da cena baiana de Metal sempre foi um tanto instável no que se
refere ao comparecimento em shows, ou seja, quando se espera um grande número
de pessoas nos shows pouca gente comparece e vice-versa. É claro que não se
trata de uma regra, mas de uma forma geral essa é a realidade de nossa cena,
infelizmente. Acho que isso também tem a ver com o fato da cena atual estar
“virtual” demais; não existe mais aquela tradição de ir a shows de Metal para
dar suporte às bandas e consequentemente se reunir com os amigos metalheads
para troca de informações e materiais, pois a grande maioria acha que já faz
sua parte através da internet, e isso é muito, muito triste. Sinal dos tempos,
meu amigo, sinal dos tempos... Nos sentimos decepcionados e um tanto frustrados
por ainda não termos conseguido fazer um show de lançamento de nosso novo álbum
aqui em nossa própria cidade, principalmente pela falta de um espaço decente
para que possamos nos apresentar com um mínimo de qualidade que valha a pena o
preço do ingresso pago pelo público, mas espero que esse quadro mude já dentro
dos próximos dias e que possamos finalmente lançar “...In Unholy Mourning...”
aqui na terra sem salvação.
TGZ -
Quero finalizar agradecendo sua atenção e deixar o espaço para suas
considerações finais:
Nekrobaloff666,
the possessed one... – Obrigado mais uma vez pela entrevista, Elimar, assim
como pelo seu sempre precioso suporte ao Culto! Aos leitores, adquiram “...InUnholy Mourning...” e juntem-se a nós nesse luto profano por Deus!
Para compra de merchandising, acessem nosso Myspace oficial myspace.com/headhunterdc. Novo site oficial headhunterdc.net vindo muito em breve! Um brutalizante abraço a todos e nos vemos na estrada do Metal da Morte! DEATH METAL FOR LIFE!!! ALL HAIL!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
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